Artigos sobre cuidados com Idosos, dicas para o bem viver, receitas culinárias e reflexões sobre temas variados...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

RECOMENDAÇÕES DE EXAMES PARA MULHERES

Os exames rotineiros são de extrema importância para se detectar antecipadamente distúrbios ou doenças do nosso organismo.
Segue uma listagem com épocas e tipos de exames que são recomendados para as mulheres:

ENTRE 18 E 39 ANOS DE IDADE

Uma vez por ano

- Fazer mamografia;
- Exame odontológico de rotina;
- Papanicolau para as sexualmente ativas.

Cada 2 ou 3 anos

- Verificar a pressão arterial, medir altura e peso, fazer exames para rastrear câncer ou tireóide, linfonodos, ovários e pele

Cada 5 anos

Checar os níveis de colesterol e certificar-se de já ter tomado vacina contra rubéola.

ENTRE 40 E 65 ANOS

Uma vez por ano

- Realizar exames que investiguem a existência de câncer de mama, de pele, tireóide, ovários, útero, linfonodos e reto;
- Exame papanicolau;
- Exames odontológicos de rotina.

A cada 1 ou 2 anos

- Medir peso e altura;
- Verificar a pressão arterial;
- Fazer exame que procure sangue nas fezes (sangue oculto);
- Mamografia (depois dos 50 anos, fazer anualmente);
- Exame oftalmológico que pesquise também a existência de galucoma.

A cada 3 ou 5 anos

- Realizar exame de colesterol;
- Exame de açucar no sangue (glicemia);
- Sigmoidoscopia para investigar a existência de câncer do colo, após os 50 anos.

ACIMA DE 65 ANOS

Uma vez por ano

- Medir peso e altura;
- Verificar a pressão arterial;
- Fazer exame que procure sangue nas fezes;
- Fazer mamografia;
- Realizar exames que investiguem a existência de câncer de mama e de pele, tireóide, ovários, útero, linfonóides e reto;
- Exame odontológico de rotina;
- Tomar vacinas contra gripe e pneumonia.

A cada 1 ou 3 anos

- Realizar exame do hormônio da tereóide;
- Hemograma com exame de glicemia e colesterol;
- Verificar a capacidade auditiva e visual pesquisando glaucoma;
- Exame papanicolau;
- Exame de urina.

Além destes acima citados, todos os históricos com a existência na família de doenças hereditárias como tumores, doenças cardiovasculares, endócrinas, obesidade, entre outras, devem ser acompanhados e prevenidos desde o nascimento.

Cuide-se, trata-se da sua vida, da sua saúde e do seu bem estar!!!

Retirado do Guia Viver - publicação Grupo Algar.
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

CURIOSIDADES SOBRE A ARRUDA

O ser humano existe, graças ao permanente fluir da Energia Divina através dele. Esta energia subliminar atravessa o indivíduo – consciente disso ou não – sendo impregnada e direcionada pelo seu pensamento, seguindo então ao destino.

A maioria dos humanos é inconsciente deste fato e por isso quase sempre qualifica mal esta energia. Toda a desarmonia, sofrimento ou imperfeição que constatamos em nosso mundo pessoal ou coletivo, resulta desta má qualificação. Entretanto, ao despertar para esta realidade, o indivíduo não tem mais desculpas. Deve usá-la com responsabilidade ou comete o tão temível “pecado contra o Espírito Santo”.

Desejo enfocar aqui a energia subliminar projetada com o olhar. De que forma olhamos para o nosso próximo e para o que nos cerca?

Há muito tempo se estudam as propriedades do olhar humano. É possível observar as conseqüências do raio do olhar, quando conjugado com a força do pensamento consciente. Ele atinge o alvo e o impregna.

Um exemplo é o assim chamado “mau-olhado”. O raio do olhar pode curar, abençoar, regenerar e fazer prosperar. Mas, se impregnado de inveja, ódio, desconfiança, cobiça, raiva, egoísmo e tantos outros pensamentos destrutivos, pode até matar.

Ao escolher o tipo de pensamento que projetamos com o raio do nosso olhar, estamos escolhendo entre servir as fileiras do bem ou do mal, entre cooperar com as forças evolutivas ou as destrutivas.

Mas lembre-se! “Quem semeia vento colhe tempestade”. A energia enviada realiza seu trabalho e depois retorna com força multiplicada, para quem a projetou.

Ruta graviolens

Tradicionalmente, o povo usa ter um pé de arruda para conter o mau-olhado. Parece que a Mãe Natureza criou a arruda para isso. Pés de arruda equivalem a sentinelas em permanente vigília sobre nosso ambiente, absorvendo e transmutando toda energia mal qualificada. Se a carga energética é muito forte, a planta pode até perecer.

A Ruta graviolens, nativa do Mediterrâneo, é conhecida desde as antigas civilizações. Existe tanta informação sobre ela, que chega a causar espanto!

Para citar apenas algumas:
  • Plínio relatou que os pintores de sua época comiam folhas de arruda para aprimorar a visão.
  • Leonardo da Vinci e Michelangelo afirmaram que a sua capacidade criativa tinha aumentado, graças aos poderes mágicos da arruda.
  • Junto com o alho, integrava o “vinagre dos quatro ladrões”, que permitia aos delinqüentes de Marselha roubar os corpos dos mortos sem serem infectados pela peste de 1722.

É tradicionalmente usada para prevenir doenças contagiosas, combater inflamações nos olhos, acabar com pulgas, sarna e piolhos e afugentar os ratos – com a vantagem de ser inofensivo a animais e crianças.

Trata-se de uma planta desinfetante, inseticida e bactericida, mas o seu uso interno requer cautela, pois a sua atividade é fortíssima.

Não deve ser usada por gestantes por ser abortivo. Aliás, um dos principais usos da arruda é contra a escassez de menstruação.

Folhas e galhos, após secagem, servem como defumador para limpeza áurica. Das belas flores verde-amareladas é obtida uma valiosa essência floral que ajuda as pessoas a serem autênticas, aumenta a auto-estima e proporciona forças para a auto realização.

Eu tenho produzido muitas mudas de arruda, em reconhecimento ao inestimável serviço que ela presta à vida. Se você já tem uma em sua casa, observe-a!

Mas observe também como você impregna o raio subliminar do seu olhar. O desejo de projetar amor conscientemente é a maior aspiração que um ser humano pode ter! Nada abre mais facilmente as portas da felicidade.

Retirado de www.pousadajardimdoeden.com.br
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

BENEFÍCIOS DA AVEIA

Responda rápido: quantas pessoas você conhece que consomem aveia, regularmente? É bem verdade que ninguém dá muita importância ao alimento. Ele andou meio esquecido há algum tempo, mas, graças aos resultados de estudos recentes está voltando com a corda toda.
A ideia partiu do Centro de Medicina de Atividade Física do Esporte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que resolveu investigar os efeitos da aveia sobre o colesterol. E o resultado é para comemorar: as 120 pessoas que a consumiram (porção equivalente a meio copo) reduziram consideravelmente o índice desse tipo de lipídio. Mas alto lá: é preciso disciplina para sentir os benefícios.
A ação da aveia na baixa dos níveis de colesterol sanguíneo e do risco de doenças coronárias está ligada à presença da fibra betaglucana, de acordo com a nutricionista Solange de Oliveira Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-3). Ela explica que o efeito pode ser atribuído à retenção que a fibra faz dos ácidos biliares (produzidos a partir do colesterol), eliminando essas substâncias com as fezes. A partir daí a quantidade de ácidos diminui e, consequentemente, a absorção de gorduras no intestino, que refletem diretamente na circulação sanguínea.

Os efeitos no organismo

É claro que tudo isso ganha força extra se somada à alimentação adequada e à prática de exercícios físicos. Por mais (e comprovados) benefícios que determinado produto proporcione, o sucesso do equilíbrio do organismo só é 100% garantido com um conjunto de ações em prol da saúde.
Portanto, não se pode generalizar, já que cada organismo responde de maneira diferente às mesmas substâncias. Mas após um mês de consumo regular de aveia e uma dieta saudável, com alimentos de grupos variados, alguns efeitos já serão sentidos, principalmente com relação ao funcionamento intestinal. E depois de seis meses, por todo o corpo.

Pleno equilíbrio

A aveia é uma daquelas opções no cardápio capaz de fazer "milagres" pela saúde. "O cereal possui cálcio, ferro, zinco, manganês, cobre e proteínas, além de vitamina E, ácido fólico, tiamina, carboidratos e fibras", lista a nutricionista Carla Gonzáles Rossini, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Ela figura em local de destaque na lista dos alimentos considerados funcionais, aqueles que têm o poder de prevenir contra o surgimento de doenças, por exemplo, blinda o organismo contra obesidade, diabetes, hipertensão e câncer de intestino, além do colesterol elevado.

Trânsito intestinal livre

As fibras presentes no cereal são as responsáveis por deixar o órgão funcionando corretamente. E, mais uma vez, destaque para a betaglucana. Por não ser digerida pelo organismo, ela forma um tipo de gel ao entrar em contato com a água. Esta substância torna o bolo fecal maior e mais viscoso, impedindo que a glicose e o colesterol presentes nele sejam absorvidos pelo organismo, já que há menor ação das enzimas digestivas.
Todo este processo, além de evitar a constipação intestinal (prisão de ventre), também exerce uma proteção sobre o cólon (intestino grosso). "Apesar da ação benéfica da betaglucana, deve-se levar em conta a quantidade de fibra ingerida e o consumo de água", ressalta a nutricionista Alessandra Sarmento, da RG Nutri Consultoria Nutricional. A ação de impedir que a glicose chegue ao organismo é um dos trunfos do alimento na prevenção do diabetes.

Balança controlada

Um cardápio saudável é sempre bem vindo para a boa forma. No que depender da aveia, o corpo continuará em perfeita harmonia com os ponteiros da balança. Tudo por causa das fibras, que proporcionam sensação de saciedade, reduzindo a ação da glicose e das gorduras, as culpadas pelo aumento do tecido adiposo (gordura corporal).
Para isso, a melhor forma de consumi- la é em farelo, que contém maior teor da substância na composição. Mas, atente-se: o alimento é coadjuvante da dieta e não é responsável por grandes perdas de peso.

Quantidade necessária

Mais um ponto a favor da aveia: ela pode ser consumida por todos, exceto em casos de alergia a alguma propriedade do cereal. Idosos, crianças e adultos devem lançar mão de seu consumo, sem medo. A recomendação diária é baseada na quantidade de fibras que deve ser consumida: de 20 a 30 gramas, o equivalente a uma colher (sopa) cheia.
Este número, apesar de dificilmente ser atingido pela população, pode ser obtido também pela ingestão de frutas, verduras, legumes e leguminosas.

Teoria na prática

Agora que você já conhece todos os benefícios do alimento, deve estar ansioso para saber como consumi-la. Anote a dica da nutricionista Solange de Oliveira Saavedra: adicione a aveia (principalmente o farelo) sobre frutas, iogurtes, vitaminas, sucos naturais, sopas, bolos, purês e cremes.
Quanto ao melhor horário do dia para degustá-la, Alessandra diz que "é interessante que seja nos intervalos das refeições para aumentar a sensação de saciedade". O café da manhã também é boa pedida, pois é um alimento rico em carboidratos e fibras e que traz energia para o dia.

Artigo retirado da revista Vida Natural - clique sobreo título para acessar a revista.
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sexta-feira, 12 de junho de 2009

APRENDENDO A APRENDER

Por que será que eles não estudam?

Sabemos uma porção de coisas: coisas que aprendemos em casa, coisas que aprendemos na rua, com nossos amigos, com nossos colegas de trabalho, e coisas que temos que aprender na escola. Há muitas coisas que não gostaríamos de saber, mas somos obrigados. Grande parte do que sabemos, não terá mais valor daqui a cinco anos. O avanço científico e tecnológico é muito rápido; as coisas que sabemos terão que ser substituídas por outras novas. Por isso, saber coisas já não é tão importante; a aprendizagem mais importante nos nossos dias é aprender a aprender.

Aprender a aprender é um processo que exige preparo; não basta construir conceitos e utilizá-los através de diferentes habilidades. O conhecimento das informações ou dos dados isolados não é suficiente; é preciso situá-los em seu contexto para que adquiram sentido. Vivemos em uma sociedade em que somos constantemente bombardeados de informações através dos diversos meios de comunicação. É necessário que saibamos organizar e selecionar as informações mais importantes, e tenhamos condições de saber utilizar esses conhecimentos. Isso requer a assimilação de uma série de estratégias.

Assim, aprender a aprender seria o procedimento pessoal mais adequado para adquirir um conhecimento.

"Aprender a aprender é mais ou menos como se preparar para uma grande jornada ciclística. Antes de pegarmos a bicicleta é necessário um cuidadoso preparo físico, que vai do alongamento à ginástica, e cuidados com a alimentação, que vai, pouco a pouco, habituando nosso corpo aos desafios da jornada." (Antunes, 1996)

Todo professor, de qualquer nível, já fez a queixa: "Os estudantes não querem estudar". Talvez a queixa devesse ser colocada assim: "A maioria dos estudantes não aprende determinados conteúdos porque desconhecem as estratégias de aprendizagem", ou seja, não estudam porque não sabem fazê-lo. Provavelmente as estratégias não foram ensinadas para eles, de modo que quando vão enfrentar uma tarefa nova, têm uma enorme dificuldade de cumpri-la, gastando mais tempo e despendendo mais esforços. Muitas vezes esses estudantes (e até mesmo os professores) não têm consciência que a raiz problema está na utilização de estratégias inadequadas, e atribuem essa dificuldade à falta de inteligência. Quando não conseguem os resultados esperados, ou quando se esforçam sem atingir os objetivos propostos, se sentem vencidos e, na maioria das vezes desistem convencidos de sua incapacidade.

Muitos estudantes têm grande potencial de aprendizagem, mas o desperdiça por falha no método de estudo ou por preguiça de estudar. Já outros menos dotados, obtêm maior sucesso porque se empenham com mais afinco ao estudo, utilizando um método eficiente. Alguns se perguntam "Por que estudar? Para que estudar?" e na maioria das vezes ficam sem uma resposta satisfatória, mas, mesmo sem essa resposta, eles continuam estudando, porque são obrigados a isso. Talvez por isso, muitos estudantes não se acostumaram a estudar, e a falta do hábito foi se incorporando às gerações. E aí temos um grande problema: como nosso estudante vai aprender se não sabe estudar?
Estudar não é uma tarefa simples; exige uma organização, disciplina e senso crítico. A disciplina será adquirida com a prática do ato de estudar, daí ser difícil formar uma rotina e desenvolver o hábito. É preciso muita persistência. Ao estudarmos melhoramos nosso desempenho na vida como um todo; vamos percebendo que o estudo nos dá uma maior segurança em nosso eu, possibilitando-nos assumir nosso papel de sujeito na nossa história. Querer aprender é assumir uma atitude diante do mundo, pois quanto mais o conhecemos, maiores são as possibilidades de superar suas contradições.

A importância das Estratégias de Aprendizagem

A aprendizagem faz parte de nossa vida. O termo não se aplica apenas às aprendizagens escolares. É um fenômeno do dia-a-dia, que ocorre desde o início da vida. Aprendemos o que amar, o que temer como ser educado, e assim por diante. Qualquer atividade a ser desenvolvida prescinde de procedimentos adequados. Não podemos pensar que a aprendizagem esteja isenta desse princípio.

O principal objetivo das estratégias de aprendizagem é ensinar a pensar. O que se quer é educar o aprendiz para obter sua autonomia, independência e senso crítico.

As estratégias de aprendizagem vêm sendo definidas como seqüências de procedimentos ou atividades que se escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o armazenamento e/ ou a utilização da informação. Em nível mais específico, as estratégias de aprendizagem podem ser consideradas como qualquer procedimento adotado para a realização de uma determinada tarefa (Da Silva & Sá, 1997 in IESDE, 2003).

Estudos demonstram que as Estratégias de Aprendizagem desempenham um papel importante para o rendimento escolar. Uma quantidade expressiva de estudantes não sabe utilizá-las de maneira apropriada. Grande parte dos estudantes brasileiros não sabe ler, não assiste uma aula tirando o maior proveito possível dela, não sabe fazer um resumo ou fichamento de um livro. Aprender é um dever do estudante, mas é direito dele ser orientado e ajudado nesta tarefa. As Estratégias de Aprendizagem quando usadas de maneira apropriada, são de grande importância para o processo de aprendizagem.

Vemos nossos estudantes com dificuldade para responder questões interpretativas, por não terem um método eficaz de leitura; ou sem condições de resolver um problema dado, por não terem um método eficaz para a resolução do mesmo. Alguns simplesmente não entendem o que lhes é solicitado pelos professores, outros se perdem nas solicitações feitas.

Tem sido proposto e investigado um grande número de modelos experimentais de estratégias, como o treino estratégico acadêmico, aprendizagem recíproca, estratégias específicas de aprendizagem. Ainda que haja diferenças de modelos, todas convergem em dois pontos: Primeiro, há um grande número de estudantes, muitas vezes designados como "de risco", desmotivados, imaturos, com dificuldades de aprendizagem, etc. que são deficientes no uso de estratégias de aprendizagem. Estes estudantes podem-se encontrar tanto em programas de educação regular como em educação especial. Em segundo lugar, estes estudantes podem aprender estratégias de aprendizagem o que os vai ajudar a abordar as tarefas com mais eficácia e eficiência, aumentando as suas hipóteses de sucesso.

Não pretendemos supervalorizar os métodos, pois eles são apenas um instrumento de trabalho intelectual, enquanto a inteligência e a reflexão desvendam o que os fatos realmente são. Entendemos que a aprendizagem só é eficaz quando tem significado para quem aprende, quando os novos conhecimentos e informações são assimilados pessoalmente, confrontados e integrados no complexo de conhecimentos já existentes, podendo ser reutilizados em outras situações. A aprendizagem deve contribuir para a formação integral do indivíduo e de seu pleno crescimento.
Da Silva e Sá (1997, in IESDE, 2003) apontam que a instrução em estratégias de aprendizagem abre novas perspectivas para uma potencialização da aprendizagem permitindo aos estudantes ultrapassar dificuldades pessoais e ambientais de forma a conseguir obter um maior sucesso escolar.

Nossos estudantes necessitam desenvolver seu potencial sem medos ou preconceitos com o estudo; precisam despertar para a sua importância como ator de sua história e da história da humanidade, compreender que o conhecimento é uma necessidade intelectual, mas também vital. Sua participação como cidadão é proporcional à sua capacidade de, além de ter o acesso à informação, saber articulá-la e organizá-la. Portanto, ensinar estratégias de aprendizagem aos estudantes é garantir a aprendizagem: a aprendizagem eficaz, e fomentar sua independência (ensiná-lo a aprender a aprender). Por outro lado, é necessário que o estudante se dedique a estudar. O conhecimento de estratégias de aprendizagem por parte do estudante influencia diretamente no que ele sabe, pode e quer estudar.
(Retirado de artigo de E Boruchovitch - Psicologia: Reflexão e Crítica, 1999 - SciELO Brasil)
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sábado, 6 de junho de 2009

Relação entre Cultura, Escola e Aprendizagem.

Este texto é referente a um estudo de caso que fizemos com uma criança em idade escolar. Iniciamos discutindo o que pensamos que seja cultura, devido ao fato de que a criança escolhida e avaliada no decorrer deste relatório não nasceu no seio da cultura brasileira (mesmo sendo a família desta origem). No entanto em uma determinada fase de seu desenvolvimento, esta criança, juntamente com sua família, sai daquela cultura na qual nascera e vem para o Brasil, sendo que no processo de adaptação, esta criança começa a enfrentar problemas escolares e de aprendizagem que dificultam o processo normal de desenvolvimento intelectual. Assim, tratar-se-á neste relatório sobre as características normais do desenvolvimento de uma criança da mesma faixa etária que a criança atendida, assim como serão feitos paralelos para verificar o quanto esta criança precisa ainda se desenvolver para enfrentar suas dificuldades.

O aprender na escola cumpre importante papel no processo de desenvolvimento da criança. Uma diversidade de fatores individuais, ambientais e culturais interfere neste processo. Cada criança, normal, pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado.

O próprio comportamento depende de um aprendizado. Segundo Laraia (2004) tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura. Desta maneira, o homem vê o mundo através de sua cultura e isto tem por conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e natural. A experiência cultural traduz-se em comportamento cognitivo e em desempenho escolar. Assim, segundo Hess e Shipman (1983) a estrutura do sistema social e a estrutura da família modelam a comunicação e a linguagem, e que a linguagem, por sua vez, modela o pensamento e os estilos cognitivos de solução de problemas. Com isto, a estruturação da linguagem faz com que a criança aprenda a como aprender, estabelecendo os limites dentro dos quais a aprendizagem futura terá lugar.

Aprender a aprender é um processo gradual que caminha junto com o homem em todas as etapas do seu desenvolvimento. A aprendizagem, implica em receber, armazenar e integrar informações que poderão ser utilizadas para modificar o próprio indivíduo e seu meio (FUNAYAMA, 2000). Para haver aprendizagem adequada, pressupõem-se bases neurológicas íntegras. Para que a criança assimile o novo, é preciso assistência preventiva contínua às suas necessidades arcaicas como comida, higiene, agasalho, carinho, respeito por suas limitações, valorização de suas capacidades (FUNAYAMA, 2000).

Pelegrini e Golfeto (apud FUNAYAMA, 2000), afirmam que no processo proposto as crianças para aprenderem a ler, soletrar e a realizar cálculos numéricos, tanto a escola quanto a família devem apresentar tais atividades para a criança. E que também neste sentido, os países variam amplamente com relação à idade na qual se inicia o ensino formal, ao programa seguido dentro das escolas e, por isso, às habilidades que se espera que as crianças adquiram em diferentes idades.

Assim, a capacidade de aprender na escola expressa mais do que uma adequação a uma situação específica, fornecendo indicadores dos recursos e limites da criança para lidar com as situações da vida. Segundo Loureiro (2000), considerar as dimensões envolvidas com a aprendizagem, é importante para avaliar as condições que favorecem ou perpetuam a dificuldade e também, entender as condições pessoais de interação com o meio, compreendendo a manutenção e transformação da própria identidade assim como as diferenças culturais influenciam e dão significado ao saber.

Se existe relação entre cultura e aprendizagem, então cada país deveria favorecem para que os programas de ensino pudessem ser planejados levando-se em conta a idade dos alunos, seu nível de maturidade intelectual, seus interesses e, seus antecedentes sociais (BERNSTEIN, 1983). No entanto, percebe-se em muitos casos que o sistema educacional tem deixado de considerar, de forma séria e sistemática, a relação entre as experiências anteriores do aluno e as medidas educacionais que lhe permitam aprender com sucesso. Porém, é possível notar diferenças qualitativas e mesmo quantitativas entre os países e as escolas que possuem. Se em uma mesma cultura ou país, as crianças sofrem com o processo de adaptação a uma nova realidade e rotina escolares, quando a criança muda de uma cultura ou de um país para outro, estas dificuldades ficam ainda mais evidentes e complicadas para serem trabalhadas.

Desenvolvimento Humano: a aprendizagem e suas dificuldades entre os seis e doze anos de idade.

O campo do desenvolvimento humano focaliza o estudo científico de como as pessoas mudam, e também de como ficam iguais, desde a concepção até a morte. No decorrer do processo de desenvolvimento, a presença de mudanças ocorre em muitos aspectos do eu. A forma como o desenvolvimento ocorre varia de pessoa a pessoa e não apenas a velocidade, mas também os resultados do desenvolvimento variam tanto no decorrer da vida de um mesmo indivíduo, quanto faz-se comparações entre diferentes pessoas. O próprio processo de desenvolvimento requer um processo de aprendizagem, sendo esta definida por Catania (1999) como sendo a capacidade de produção de uma mudança relativamente permanente no comportamento, resultante da experiência. Neste sentido a aprendizagem pode envolver ações e palavras além de significar coisas diferentes, em diferentes momentos para pessoas diferentes. No entanto o um organismo é mais do que aquilo que pode ser visto em seu comportamento e neste sentido é importante entender processos maturacionais que fazem parte do desenvolvimento humanos para se entender os processos biopsicossociais que são importantes para auxiliar o organismo humano na aquisição gradual de novos conhecimentos.

As teorias que tratam também sobre o desenvolvimento humano, variam conforme o momento histórico, a cultura e os autores. Papalia e Olds (2000) o curso de vida normal de uma pessoa poderia ter oito estágios distintos indo desde o primeiro estágio chamado de Pré-Natal até a Terceira Idade (após 65 anos em diante). O período da infância, que vai do nascimento até aproximadamente os doze anos, pode ser sub-dividida em três fases distintas: a Primeira Infância ( do nascimento até os três anos), a Segunda Infância ( dos 3 aos 6 anos) e a Terceira Infância que vai dos 6 aos 12 anos de idade.

Na terceira infância, é possível ver uma quantidade significativa de processos de desenvolvimento que ocorrem. Corporalmente, nesta fase percebe-se que o crescimento físico diminui um pouco, sendo retomado com maior velocidade próximo ao fim desta fase. Além disso a força e as habilidades físicas diminuem. O egocentrismo diminui, as crianças passam a pensar com certa lógica, embora predominantemente concreta. Observa-se um aumento nas capacidades de memória e habilidades de linguagem e com estes e outros ganhos cognitivos, a capacidade de tirar proveito da educação formal sofre ganhos significativos. A própria auto-imagem se desenvolve, afetando a auto-estima e nesta fase os amigos assumem uma importância fundamental.

Também sobre esta fase, assim como no decorrer de outras, há vários estudiosos que formularam importantes teorias para explicar, como e o motivo de cada uma das alterações que o indivíduo sofre. Para Piaget, neste período, a criança encontra-se em fase chamada de Operações Concretas (sete a 12 anos). Nesta fase, a criança pode ser capaz de resolver problemas de maneira lógica se elas estiverem voltadas ao aqui e agora. Para Erikson, esta etapa é denominada de Produtividade versus Inferioridade (seis à puberdade). Nesta fase, a criança deve aprender as habilidades da cultura ou enfrentar sentimentos de inferioridade, sendo uma fase em que se exige da criança um processo de ganhos de habilidade. Para Freud, esta fase é denominada de latência (seis à puberdade) e caracteriza-se por ser uma época de relativa calma entre os estágios fálico (três a seis anos) e genital(puberdade à idade adulta). Há outros teóricos que também desenvolveram estudos relativos a esta faixa etária e que trouxeram importantes contribuições para o entendimento da mesma, como Henri Wallon, Lev Vygotsky, Jerome Bruner, entre vários outros.

Nota-se que as teorias, tanto nesta faixa etária entre os seis e doze anos focam-se tanto nos aspectos do desenvolvimento físico, cognitivo, desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento da competência social e cognitiva.

As crianças entre sete e 12 anos, podem realizar muitas tarefas num nível muito mais alto do que no estágio anterior. Piaget e outros pesquisadores testaram a compreensão das crianças quanto a Conservação (a capacidade de reconhecer que a quantidade de alguma coisa permanece igual mesmo que o material seja reorganizado, contanto que nada seja adicionado ou retirado), a Classificação (capacidade de organizar e categorizar), distinção entre fantasia e realidade e o próprio julgamento moral que segundo Piaget, está ligado ao desenvolvimento cognitivo (PAPALIA; OLDS, 2000). Nesta fase ocorrem importantes melhorias que são gradativas em aspectos específicos do desenvolvimento cognitivo e algumas dessas melhorias podem provir do aprendizado. Assim, se a criança tem alguma dificuldade de aprendizagem nesta fase, é importante que seja avaliada a relação existente entre a forma como aprende a as estruturas cognitivas que possui para que o conhecimento possa ser adquirido. A aprendizagem implica receber, armazenar e integrar informações que poderão ser utilizadas para modificar o próprio indivíduo e seu meio.” (FUNAYAMA, 2000) A aprendizagem caracteriza-se como um processo que integra o pensar, o sentir, o falar e o agir sendo que as rupturas e inibições neste processo implicam em dificuldades.” (LINHARES, 2000).

No entanto quando a aprendizagem não ocorre de forma satisfatória, ou quando há fatores que interferem de forma negativa neste processo, é possível conceber a idéia da existência de dificuldades de aprendizagem. O insucesso em aprender, pode estar vinculado a dificuldades na área cognitiva da criança e utiliza informações para resolver questões e problemas relativos à aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem podem ser:

(1) De ordem especificamente escolar;
(2) Decorrentes do potencial intelectual da criança;
(3) De um comprometimento da personalidade ainda em evolução, associado a um conflito psíquico;
(4) Por razões sociais que variam desde a falta de continuidade de ensino, troca de professores, classes cheias;
(5) Outros distúrbios: desatenção, hiperatividade, dificuldade de conduta.

O termo dificuldade está mais relacionado à problemas de ordem psicopedagógica e/ou sócio-culturais. Ou seja, o problema não está centrado apenas no aluno, mas no meio no qual está inserido. Desta maneira, ao se pensar sobre dificuldades de aprendizagem, é necessário tentar compreender que as dificuldades podem ser decorrentes de várias esferas, sejam elas, social, familiar e escolar.

O surgimento da Linguagem Escrita

Desde cedo, a criança é capaz de produzir textos e interpretá-los, como também é capaz de interpretar o texto que é falado pelos adultos.

A criança em seu processo natural de desenvolvimento, esboça uma escrita que no início somente é inteligível para si mesma. Neste início há muito o processo de imitar o o ato de escrever, no entanto interpretar a escrita produzida é outra coisa. No começo da interpretação da própria escrita, a criança pode acompanhar seus desenhos de outros sinais que representam seu próprio nome.

Teberosky caracteriza que pesquisas feitas com crianças de 4 a 6 anos é possível encontrar cinco níveis sucessivos e ordenados do surgimento da escrita e compreensão da mesma.
O primeiro e segundo níveis, caracteriza o escrever como um processo de reproduzir os traços típicos da escrita que a criança identifica como a forma básica da mesma. Neste nível a intenção subjetiva do escritor conta mais que as diferenças objetivas no resultado. Ou seja, todas as escritas se assemelham entre si, o que não impede que a criança as considere como diferentes.
A hipótese central deste nível é que para poder ler coisas diferentes, deve haver uma diferença objetiva nas escritas. O progresso gráfico mais evidente é que a forma dos grafismos é mais definida, mais próxima à das letras.

O terceiro nível está caracterizado pela tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita. Neste processo, a criança passa por um período importante no entendimento de que cada letra vale por uma sílaba. É o surgimento do que se chama de hipótese silábica e com esta hipótese, a criança dá um salto qualitativo com respeito aos níveis precedentes. Esta mudança consiste em que ocorre a superação da etapa de uma correspondência global entre a forma escrita e e a expressão oral atribuída, para passar a uma correspondência entre partes do texto e partes da expressão oral. Pela primeira vez a criança trabalha claramente com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala. Nesta etapa também é possível notar um conflito cognitivo no que diz respeito ao conflito entre a quantidade mínima de caracteres e a hipótese silábica, o problema é que com a hipótese silábica, a criança está obrigada a escrever somente duas grafias para as palavras dissílabas, e o problema é ainda mais grave quando se trata de substantivos monossílabos.

O nível 4 é caracterizado pela passagem da hipótese silábica para a alfabética. A interpretação deste momento é que a criança abandona a hipótese silábica e descobre a necessidade de fazer uma análise que vá “mais além” da sílaba pelo conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidade mínima de granas e o conflito entre as formas gráficas que o meio lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica.

O nível 5 a escrita alfabética constitui o final desta evolução, ao chegar neste nível a criança compreendeu que cada um dos caracteres dá escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba e realiza sistematicamente uma análise sonora dos fonemas das palavras que vai escrever.

Foi observado que a criança que foi nosso objeto de estudo está no nível 3, ou seja no nível da hipótese silábica. No entanto, na idade em que a mesma se encontra, ela deveria estar pelo menos entre o nível 4 e 5. Não se sabe ainda ou não foram formuladas explicações para explicar tal evento.

Adaptação Cultural e dificuldades de aprendizagem

A criança, em qualquer faixa etária é sensível a mudanças em sua vida diária. O processo de desenvolvimento implica em mudanças graduais ao longo do tempo e que ocorrem de modo a fornecer recursos para a criança se adaptar à exigências do meio em que vive. Retomando ao conceito de cultura segundo Laraia (2004), o homem vê o mundo por meio da cultura na qual vive e é criado.

Com a criança, ocorre também este processo. A cultura lhe fornece recursos para agir e se comunicar de forma a inserir-se até mesmo para manter o processo cultural vigente. Devido a isto que os mecanismos de propagação e transmissão cultural devem ser coesos e coerentes para que o próprio processo de desenvolvimento da criança não seja prejudicado. Para Bruner (1997), o desenvolvimento humano deveria ser visto como algo que não está apenas dentro do indivíduo, mas também na sua relação com o mundo que o rodeia, pois o homem é parte da cultura que herda e pode, a partir de suas intervenções nela, recriar essa cultura. Ainda segundo este autor, o desenvolvimento intelectual da criança não é uma seqüência regular e infalível de acontecimentos, mas a criança reage também às influências do ambiente, sobretudo ao ambiente escolar. Quando a criança muda de escola, ocorre uma influência deste fato no processo de desenvolvimento intelectual da criança e se esta mudança ocorre de forma drástica ou de um país para outro, as dificuldades podem aparecer, inicialmente como dificuldades de adaptação tais como perturbação emocional, stress, perda de interesse pela escola, entre outros.
Segundo Bruner (1997), o desenvolvimento humano está permeado pelo papel da cultura e da interação social e, também, pelas influências da biologia e da evolução. A linguagem, tem neste processo um papel crucial, visto ser fator importante para a comunicação e pela instrução no desenvolvimento do conhecimento e da compreensão. Descobrir o mundo, dentro de uma perspectiva cultural é poder interagir com os outros. Se há rupturas ou quebras físicas e ambientais neste processo pode ocorrer o mesmo com aspectos psicológicos e intelectuais da criança, visto que ao sofrer mudança, pode ser possível que ela tenha que reaprender toda a leitura de mundo que ela fazia a partir daquelas interações com o outro.


Referências Bibliográficas:

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LOUREIRO, S. R. Aprendizagem escolar: avaliação de aspectos afetivos. In.: FUNAYAMA, C. A. R. (org). Problemas de aprendizagem- Enfoque multidisciplinar. Campinas, São Paulo: Editora Alínea, 2000. 146p.

PAPALIA, D.E.; OLDS, S.W. Desenvolvimento Humano. 7ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 684p.
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